A Bulimia Nervosa é uma doença que pode variar de leve a extremamente grave, bem como pode se tornar crônica. Ocorre principalmente em mulheres (90%), entre 18 a 23 anos. Mais rara em homens. É comum apresentar-se com outras doenças psiquiátricas como depressão, transtornos de ansiedade, dependência química e também transtornos de personalidade, determinando nestes casos uma maior gravidade do quadro.
Os critérios essenciais para o diagnóstico da bulimia nervosa são:
A compulsão alimentar é definida como a ingestão em um período de tempo determinado (por exemplo: duas horas) de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas comeria em um mesmo período de tempo, em circunstâncias semelhantes, acompanhada da sensação de falta de controle sobre o episódio.
As pessoas que sofrem de bulimia sentem vergonha de seu comportamento alimentar. Os episódios de compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios geralmente ocorrem às escondidas. O comportamento compensatório mais comum é o vômito auto-induzido, que pode com o tempo tornar-se um fim em si mesmo ou aquilo que de certa forma “autoriza” a compulsão a ocorrer. Outros comportamentos compensatórios podem ser: abuso de laxantes, diuréticos e medicamentos para emagrecer, jejum, e excesso de exercícios físicos.
As consequências resultantes dos quadros de bulimia nervosa incluem arritmia cardíaca, ossos e dentes frágeis, mal funcionamento dos rins e do aparelho digestivo, e por vezes alterações metabólicas que podem levar à morte. A causa da bulimia ainda é desconhecida, mas sabemos que fatores genéticos, psicológicos, traumáticos, familiares, sociais e culturais contribuem para o seu aparecimento.
Os pais e responsáveis devem estar atentos a alguns sinais como:
Como na anorexia nervosa o tratamento na bulimia nervosa é multidisciplinar, e deve ser iniciado o quanto antes, para que melhores resultados sejam alcançados.